terça-feira, 13 de dezembro de 2011

GROG

«Scooping the Cranial Insides»
(Murder Records, 2011) [7/10]



Verdadeiro ex-libris nacional na vertente death/grind, acabam de regressar com um dos maiores massacres sónicos que este cantinho malcheiroso à beira-mar plantado alguma vez testemunhou. Neste terceiro registo de originais a banda de Oeiras dispara com uma raiva absolutamente criminosa um total de catorze temas esmagadores, regendo-se muito pelos parâmetros standard do género, mas incorporando, desta vez, uma proeminente faceta mais técnica e aliciante. É sem dúvida o trabalho mais intenso e completo dos Grog até aqui, mas recomenda-se só a fanáticos dos extremismos death.

in Clip (Diário de Aveiro), 8 Dezembro 2011

IPERYT

«No State of Grace»
(Witching Hour Productions, 2011) [7/10]


Se conseguirem imaginar uma versão modernizada de thrash à lá Sepultura depois de acelerado numa centrifugadora industrial bem acima das 250 rotações por minuto, então é possível que fiquem com uma ideia aproximada de como soa este segundo álbum dos Iperyt. Usando ritmos sintéticos e tiradas ultra-rápidas cuspidas por uma percussão maquinal, alguns toques de melodia e samples bem colocados, e acima de tudo uma garra visceral, a formação polaca apresenta aqui a sua própria interpretação – psicótica e perversa – dum terrorcore industrial que até tem os seus momentos.

in Clip (Diário de Aveiro), 8 Dezembro 2011