«Abzu»
(Candlelight, 2011) [7.5/10]
Neste sexto registo de estúdio Proscriptor McGovern e Cia apresentam-nos um trabalho que se pauta pelo essencial do black-o-thrash speedado e estridente que sempre caracterizou a sonoridade da banda, mas numa versão desta vez ainda mais crua e directa do que tem sido habitual. Sem surpresas, somos fustigados por um tornado incessante de riffs rasgados, percussões diabólicas e vocalizações ríspidas, que concorrem para produzir os momentos verdadeiramente contagiantes a que banda Texana há muito nos habituou. Como temas de destaque podemos apontar “Circle of the oath”, “Abraxas connexus” e muito especialmente o épico de 15 minutos “A song for Ea”, apesar desta se apresentar, estruturalmente, como uma colagem desconchavada de segmentos algo incoerentes, em lugar duma peça fluente como seria de esperar. Em suma, é sem dúvida um álbum à altura do estatuto dos Absu, conquanto não esteja ao nível dos dois últimos discos. A insistência em ritmos sempre muito rápidos, sem alguns andamentos mais refreados a criar algum contraste, não ajuda a agarrar a atenção, e o resultado é um disco – já de si curto para os padrões da banda – que termina quase sem nos apercebermos. Claramente, faltou o engenho e a inspiração patentes em «Absu» e «Tara», havendo várias alturas em que o disco perde parte do interesse, como é o caso da segunda metade da citada “A song for Ea”. Quem conhece a banda norte-americana sabe bem que são capazes de melhor. E se o próximo registo for deveras o álbum derradeiro da carreira dos Absu – como o próprio McGovern sugeriu recentemente –, então não se exige nada menos do que uma despedida em grande.
in Clip (Diário de Aveiro), 26 Janeiro 2012
(Candlelight, 2011) [7.5/10]
Neste sexto registo de estúdio Proscriptor McGovern e Cia apresentam-nos um trabalho que se pauta pelo essencial do black-o-thrash speedado e estridente que sempre caracterizou a sonoridade da banda, mas numa versão desta vez ainda mais crua e directa do que tem sido habitual. Sem surpresas, somos fustigados por um tornado incessante de riffs rasgados, percussões diabólicas e vocalizações ríspidas, que concorrem para produzir os momentos verdadeiramente contagiantes a que banda Texana há muito nos habituou. Como temas de destaque podemos apontar “Circle of the oath”, “Abraxas connexus” e muito especialmente o épico de 15 minutos “A song for Ea”, apesar desta se apresentar, estruturalmente, como uma colagem desconchavada de segmentos algo incoerentes, em lugar duma peça fluente como seria de esperar. Em suma, é sem dúvida um álbum à altura do estatuto dos Absu, conquanto não esteja ao nível dos dois últimos discos. A insistência em ritmos sempre muito rápidos, sem alguns andamentos mais refreados a criar algum contraste, não ajuda a agarrar a atenção, e o resultado é um disco – já de si curto para os padrões da banda – que termina quase sem nos apercebermos. Claramente, faltou o engenho e a inspiração patentes em «Absu» e «Tara», havendo várias alturas em que o disco perde parte do interesse, como é o caso da segunda metade da citada “A song for Ea”. Quem conhece a banda norte-americana sabe bem que são capazes de melhor. E se o próximo registo for deveras o álbum derradeiro da carreira dos Absu – como o próprio McGovern sugeriu recentemente –, então não se exige nada menos do que uma despedida em grande.
in Clip (Diário de Aveiro), 26 Janeiro 2012