«The Return to Darkness»
(Candlelight, 2010) [8/10]
Quem teve a oportunidade de ver o documentário “Global Metal”, de Sam Dunn, deve estar pelo menos vagamente familiarizado com o nome Demonic Resurrection, um dos colectivos mais activos da florescente cena metal na India. Contando já com uma década de existência, tornaram-se recentemente na primeira banda daquele ponto do globo a assinar por uma editora ocidental de peso, e a romper fronteiras com este novo registo de originais. O que fazem é basicamente um black metal sinfónico, colado por vezes a Dimmu Borgir, com nuances de Cradle of Filth, mas que reverte frequentemente para outros modos de operação mais em linha com o death e o progressivo, e até com tiques ocasionais de power metal. Tirando o melhor partido desta sopa de influências, a formação de Bombaim apresenta um trabalho sólido e fluente, que impressiona pela musicalidade ao longo dos sessenta e tal minutos da sua duração. Individualmente, há que destacar o líder do grupo, Sahil Makhija, pela manifesta versatilidade vocal, bem como a excelente prestação do guitarrista solo de descendência portuguesa, Daniel Rego. Por outro lado, o disco soa também demasiadamente calculado e previsível. Para um grupo já no terceiro álbum seria de esperar pelo menos algum arrojo para além dos padrões explorados e seguros, já para não falar de alguma infusão de motivos locais capazes de conferir à sonoridade uma identidade distinta. De qualquer modo, este é um álbum interessante, duma banda com um talento inquestionável que vale a pena manter debaixo de olho.
in Clip (Diário de Aveiro), 21 Outubro 2010
(Candlelight, 2010) [8/10]
Quem teve a oportunidade de ver o documentário “Global Metal”, de Sam Dunn, deve estar pelo menos vagamente familiarizado com o nome Demonic Resurrection, um dos colectivos mais activos da florescente cena metal na India. Contando já com uma década de existência, tornaram-se recentemente na primeira banda daquele ponto do globo a assinar por uma editora ocidental de peso, e a romper fronteiras com este novo registo de originais. O que fazem é basicamente um black metal sinfónico, colado por vezes a Dimmu Borgir, com nuances de Cradle of Filth, mas que reverte frequentemente para outros modos de operação mais em linha com o death e o progressivo, e até com tiques ocasionais de power metal. Tirando o melhor partido desta sopa de influências, a formação de Bombaim apresenta um trabalho sólido e fluente, que impressiona pela musicalidade ao longo dos sessenta e tal minutos da sua duração. Individualmente, há que destacar o líder do grupo, Sahil Makhija, pela manifesta versatilidade vocal, bem como a excelente prestação do guitarrista solo de descendência portuguesa, Daniel Rego. Por outro lado, o disco soa também demasiadamente calculado e previsível. Para um grupo já no terceiro álbum seria de esperar pelo menos algum arrojo para além dos padrões explorados e seguros, já para não falar de alguma infusão de motivos locais capazes de conferir à sonoridade uma identidade distinta. De qualquer modo, este é um álbum interessante, duma banda com um talento inquestionável que vale a pena manter debaixo de olho.
in Clip (Diário de Aveiro), 21 Outubro 2010
1 comentário:
Ouvi e gostei.
Mas, de facto, fiquei com um sabor a pouco.
Pode ser que, num próximo álbum, se decidam a sair da casca. :)
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