sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

VEHEMENTER NOS

(s/t)
(Osmose Productions, 2007) [8.5/10]

Sem o contributo de bandas inovadoras como os Deathspell Omega, Blut Aus Nord e outras jovens promessas entre as quais se incluem os Vehementer Nos, o black metal não teria hoje metade do interesse. Estes colectivos (franceses) tendem a substituir a agressividade tradicionalmente explícita do género por uma abordagem mais subtil, sombria e avantgarde, embora os Vehementer Nos optem por elementos de composição mais ortodoxos. O auto-intitulado álbum de apresentação é feito de cinco longos temas (três dos quais a rondar os dez minutos) de música elaborada, algo progressiva, que percorre uma vasta gama de ritmos e emoções, desde os mais acelerados e malévolos aos mais lentos e tortuosos, juntando uma dose generosa de elementos clássicos magistralmente executados em violino, violoncelo, flauta e piano, que se integram com perfeição no seio da sonoridade escura e abrasiva da banda. Não é com toda a certeza um disco fácil de ouvir, contudo pode revelar-se uma experiência recompensadora para quem procura música extrema de inclinação mais obscura e cerebral. Depois dum álbum deste calibre, esta passa a ser uma banda a não perder de vista.

in CLIP (Diário de Aveiro), 8 Fevereiro 2008

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