sábado, 29 de setembro de 2007

Edição de Outubro 2, 2007

Na 2ª hora:

CLASSICS I

Grandes clássicos de sempre, escolhidos e apresentados pelos nossos entrevistados.

Por ordem de entrada:
Johan Niemann (THERION), Stefan Weinerhall (FALCONER), Alex Colin-Tocquaine (AGRESSOR), Sander Gommans (AFTER FOREVER), Shagrath (DIMMU BORGIR), Abbath (I), Philipp Jonas(SECRESTS OF THE MOON), Sascha Ehrich (FRAGMENTS OF UNBECOMING) e Fernando Ribeiro (MOONSPELL).

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

TURISAS

«The Varangian Way»
(Century Media, 2007) [9/10]

Apesar de referidos habitualmente como uma banda de folk/viking metal, o que sobressai no novo álbum dos Turisas é o lado sinfónico. O acordeão desenvolto e os solos de violino permanecem como elementos chave na sonoridade do colectivo finlandês, mas a componente orquestral é mais criativa, grandiosa e proeminente do que foi em «Battle Metal», o disco de estreia publicado em 2004, resultando assim num álbum não só francamente superior mas com o seu quê de personalidade própria. Com uma composição cuidada a enveredar menos pelas estruturas previsíveis, «The Varangian Way» inclui oito temas tão épicos quanto possível, por vezes pomposos e frequentemente com os tons cinemáticos de uma banda sonora, o que traz de imediato à mente os ingleses Bal-Sagoth. Os coros clássicos, megalómanos, completam um cenário que remete para algures na Escandinávia do Séc. XI, onde uma horda de guerreiros confraterniza ruidosamente, entoando cânticos sobre sagas heróicas enquanto balançam canecas de cerveja: “Para Holmgard e mais além!...”.

in CLIP (Diário de Aveiro), 27 Setembro 2007

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Edição de Setembro 25, 2007

Na 2º Hora:


Entrevista com Luke Davies, guitarrista e vocalista dos galeses ANTERIOR, a propósito do lançamento do álbum de estreia «This Age of Silence».

"Em conjunto costumamos ensaiar cerca de quatro horas por dia, seis dias por semana. E depois ainda praticamos mais um pouco em casa, individualmente. Para tocar a este nível tem mesmo que ser assim."
(Luke Davies, a confirmar a velha máxima: excelência = 90% de transpiração + 10% de inspiração)

SIGH

«Hangman’s Hymn – Musikalische Exequien»
(Osmose Productions / Recital, 2007) [8.5/10]

Actualmente, black metal é uma designação cada vez mais redutora para descrever a música multi-dimensional desta que é uma das mais lendárias formações do país do sol nascente. Dos primórdios old-school da década passada a banda de Mirai Kawashima passou entretanto por várias mutações artísticas, apresentando-se agora como uma entidade que é tudo menos de fácil categorização. «Hangman’s Hymn» apresenta um trabalho de black/thrash em passo acelerado, com uma profusão de elementos clássicos e de jazz, e muita insanidade à mistura. Mais agressivo do que «Gallows Gallery»(2005), este sétimo álbum vem com uma forte componente sinfónica, por vezes com ares majestosos, coros eruditos ocasionais, e uma composição ainda mais singular. Com muitos momentos brilhantes, alguns mais directos, outros mais rebuscados e cerebrais, o novo Sigh é um conceptual meio torcido, dividido em três partes, cuja gravação contou com a participação de uma mão cheia de músicos bem conhecidos. Um álbum imprescindível para quem aprecia arte verdadeira na sua expressão mais extrema.


in CLIP (Diário de Aveiro), 20 Setembro 2007

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

SALEM

«Necessary Evil»
(Season of Mist, 2007) [6/10]

Formados em 1985, estiveram na vanguarda das vertentes mais extremas do Metal tendo sido até apontados como referência por bandas tão relevantes hoje em dia como os Mayhem. Mas o contributo inovador do colectivo israelita parece ter-se esgotado em 1994 com o lançamento do clássico «Kaddish», após o que a banda migrou musicalmente para territórios death/thrash já muito explorados, pulverizando agora qualquer réstia de integridade artística ao abraçar o popular agro ou groove metal. Dito isto, não será pois surpreendente que a composição deste quinto álbum de originais soe demasiado genérica, com riffs reciclados, muito chuga-chuga e um trabalho de guitarra solo reduzido ao mínimo. Os poucos temas que despertam interesse fazem-no através de raras sequências inspiradas com vozes limpas e/ou femininas e elementos da música tradicional do Médio Oriente. As letras exibem uma musicalidade intrínseca que é rara nestas lides, mas mesmo assim «Necessary Evil» passa no balanço final como um disco pobre em ideias e… desnecessário.

in CLIP (Diário de Aveiro), 13 Setembro 2007

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Edição de Setembro 11, 2007

Na 2º Hora:

Entrevista com Morgan Hakansson, guitarrista e líder dos suecos MARDUK, a propósito do lançamento do álbum «Rom 5:12».

"Para mim é de extrema importância que música e letra se adaptem mutuamente, e neste caso pareceu-me que a mensagem subjacente passava melhor se reduzissemos um pouco no andamento da música"
(Morgan Hakkansson, sobre o álbum mais lento de sempre da história dos Marduk)