«Sot»
(Pulverized Records, 2009) [7/10]
Para um músico prolífico como Christian Alvestam, que já operou em mais de uma dezena de bandas, incluindo os Scar Symmetry, Incapacity e Torchbearer, o que mais poderia servir de motivação para formar um novo projecto? Bom, desta vez nada de mais prosaico do que a vontade de gravar e publicar material que, ao longo dos anos, foi ficando na gaveta por não se adequar às formações em que o guitarrista/vocalista estava a trabalhar no momento. Dito desta maneira até parece que estamos perante uma banda de segunda apanha e um disco feitos de sobras. Mas na verdade não é o caso dado que os TFAM apresentam uma proposta de death metal melódico com pelo menos dois aspectos relevantes. Um tem a ver com os arranjos orquestrais (cordas e coros, típicos de algum black metal), bastante invulgares no contexto do género, cuja delicadeza acentua bem o peso e a densidade da restante sonoridade. O segundo aspecto é que, apesar de toda a melodia, cujas partes de teclados fazem lembrar o trabalho a solo de Dan Swano (Moontower), a brutalidade mecânica das guitarras, as ocasionais explosões devastadoras de blast-beats e o grunhido gutural de Alvestam (que prescinde aqui do registo limpo do tempo dos Scar Symmetry), a par de uma produção a condizer, conferem a este disco uma aura visceral e ameaçadora que remete de certa forma para os clássicos old school do death metal sueco. Com quase todos os temas interpretados na língua materna do colectivo, «Sot» apresenta uma forma relativamente diferente de fazer death metal com melodia, e recomenda-se especialmente aos fãs do género.
in CLIP (Diário de Aveiro), 21 Janeiro 2010
(Pulverized Records, 2009) [7/10]
Para um músico prolífico como Christian Alvestam, que já operou em mais de uma dezena de bandas, incluindo os Scar Symmetry, Incapacity e Torchbearer, o que mais poderia servir de motivação para formar um novo projecto? Bom, desta vez nada de mais prosaico do que a vontade de gravar e publicar material que, ao longo dos anos, foi ficando na gaveta por não se adequar às formações em que o guitarrista/vocalista estava a trabalhar no momento. Dito desta maneira até parece que estamos perante uma banda de segunda apanha e um disco feitos de sobras. Mas na verdade não é o caso dado que os TFAM apresentam uma proposta de death metal melódico com pelo menos dois aspectos relevantes. Um tem a ver com os arranjos orquestrais (cordas e coros, típicos de algum black metal), bastante invulgares no contexto do género, cuja delicadeza acentua bem o peso e a densidade da restante sonoridade. O segundo aspecto é que, apesar de toda a melodia, cujas partes de teclados fazem lembrar o trabalho a solo de Dan Swano (Moontower), a brutalidade mecânica das guitarras, as ocasionais explosões devastadoras de blast-beats e o grunhido gutural de Alvestam (que prescinde aqui do registo limpo do tempo dos Scar Symmetry), a par de uma produção a condizer, conferem a este disco uma aura visceral e ameaçadora que remete de certa forma para os clássicos old school do death metal sueco. Com quase todos os temas interpretados na língua materna do colectivo, «Sot» apresenta uma forma relativamente diferente de fazer death metal com melodia, e recomenda-se especialmente aos fãs do género.
in CLIP (Diário de Aveiro), 21 Janeiro 2010
3 comentários:
Bela crónica.
Estou a ler e parece que estou a ouvir a música em simultâneo. :)
Tenho é de ver se apanho esta edição do Clip!
Só gostava de saber o que quer dizer o nome do álbum: SOT.
Pensava que ia surgir na entrevista ao baixista, mas tal não aconteceu.
Mas não é isso que me vai tirar o gosto de ouvir a música. :)
"Sot" é o título de um do temas. Em ingês é "soot" e significa fuligem.
EM
Então eles ficam a ser os "fuliginosos"! Hehe! :)
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