domingo, 27 de junho de 2010

PLAYLIST

Ou o que tem andado a girar recentemente na vitrola

ALCEST
«Percées de Lumière»
Poucos são os temas de black metal capazes de sugerir uma sensação positiva de serenidade como este, incluído em «Écailles de Lunes». Os Agalloch e os Novembre apenas se aproximaram deste resultado. Mas Neige parece ter descoberto a harmonia perfeita entre a agressividade natural do estilo e a tranquilidade de sonoridades límpidas que pouco ficam a dever ao Metal. Se tivesse que escolher agora a melhor música de 2010, esta seria uma séria candidata.

COBALT
«Arsonry»
Intercalando passagens furiosamente devastadoras com momentos opressivos de pulsação tribal, este constitui provavelmente um dos melhores momentos de «Gin», o álbum mais recente da dupla Erik Wunder / Phil McSorley, que nos agraciou em 2007 com o colossal «Eater of Birds». Apesar deste terceiro registo ficar uns furos abaixo, o simples acto de sermos fustigados por semelhante híbrido de black/thrash e post-hardcore mal intencionado, é sempre uma experiência única.

DARGAARD
«Thy Fleeing Time»
É um das peças mais salientes de «The Dissolution of Eternity», o álbum de 2001 desta banda austríaca, que já anda no meu leitor de mp3 há algum tempo. A sonoridade é toda pomposa, mas as melodias neoclássicas e a atmosfera imponente veiculam sempre uma profundidade de sentimento que é no mínimo comovente. E neste tema em particular a voz de Elizabeth Torizer soa como se nos chegasse de uma outra dimensão. O que será feito do Sr. Tharen e dos Dargaard?

DEATH ANGEL
«The Ultra-Violence»
Conta já com uns respeitáveis 23 anos de idade e é talvez o melhor instrumental thrash de sempre. Incluído no álbum de estreia homónimo da banda de São Francisco, é um tema com uma composição incrivelmente sofisticada para o seu tempo, que os Death Angel não mais ousaram igualar. Ao todo são dez minutos de riffs electrizantes e solos esmifrados, que ainda hoje acompanho como um doido na minha air-guitar!

IMMOLATION
«A Glorious Epoch»
Depois dum álbum relativamente pobre em termos de inspiração como foi «Shadows in the Light», é bom saber que uma das minhas bandas favoritas da zona mais brutal do espectro está de volta ao seu melhor. Mais do que um vulgar massacre sónico, «Majesty and Decay», do qual este «Glorious epoch» é a melhor amostra, desbrava caminhos sombrios ainda não palmilhados pela banda americana, e é o combustível ideal para o fogo do nosso lado mais negativo.

TRIPTYKON
«Descendant»
Continua a gerar ondas de choque um pouco por todo o lado, não só porque é mais uma infame criação do venerável Tom Gabriel “Warrior”, mas também porque é impossível ficar indiferente à atmosfera opressiva e abissal e ao peso esmagador omnipresente em «Eparistera Daimones». Em toada lenta e desolada, num estilo venenoso que se confunde com o dos extintos Celtic Frost, «Descendent» é um dos vários temas memoráveis deste álbum. A tirada fulminante no minuto final é impagável.

(brevemente) in Versus Magazine

3 comentários:

csa disse...

Ora aqui está uma excelente ideia.
Assim, os interessados continuam a ter informação sobre o que vai saindo de interessante. :)
Não conheço nada, à excepção dos Trypticon! :(
Portanto, tenho um programa de actualização pela frente! :)

CAIS DO PARAÍSO disse...

Também conheces Alcest.
EM

csa disse...

Pois é! :)