quinta-feira, 20 de setembro de 2007

SIGH

«Hangman’s Hymn – Musikalische Exequien»
(Osmose Productions / Recital, 2007) [8.5/10]

Actualmente, black metal é uma designação cada vez mais redutora para descrever a música multi-dimensional desta que é uma das mais lendárias formações do país do sol nascente. Dos primórdios old-school da década passada a banda de Mirai Kawashima passou entretanto por várias mutações artísticas, apresentando-se agora como uma entidade que é tudo menos de fácil categorização. «Hangman’s Hymn» apresenta um trabalho de black/thrash em passo acelerado, com uma profusão de elementos clássicos e de jazz, e muita insanidade à mistura. Mais agressivo do que «Gallows Gallery»(2005), este sétimo álbum vem com uma forte componente sinfónica, por vezes com ares majestosos, coros eruditos ocasionais, e uma composição ainda mais singular. Com muitos momentos brilhantes, alguns mais directos, outros mais rebuscados e cerebrais, o novo Sigh é um conceptual meio torcido, dividido em três partes, cuja gravação contou com a participação de uma mão cheia de músicos bem conhecidos. Um álbum imprescindível para quem aprecia arte verdadeira na sua expressão mais extrema.


in CLIP (Diário de Aveiro), 20 Setembro 2007

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