quinta-feira, 17 de julho de 2008

REQUIEM LAUS

«The Eternal Plague»
(666 Productions, 2008) [6.5/10]

Ilustres representantes insulares do metal luso e um dos nomes mais proeminentes do underground nacional desde meados da década de 90 com um invejável registo de demo-tapes de qualidade, os Requiem Laus já há muito estavam em falta com o tão aguardado álbum de estreia. Gravado na Suécia com Pelle Saether nos comandos, «The Eternal Plague» não esconde a grande admiração que a banda nutre pelo legado intemporal de Chuck Schuldiner, incorporando também algumas novidades e aperfeiçoamentos de composição que se traduzem nos melhores temas de death metal alguma vez gravados pelo colectivo Madeirense. Pena é que estes atributos não se apliquem à generalidade do álbum. De facto, só depois da terceira faixa, quando a banda tira o pé do acelerador e volta aos andamentos a meio tempo que lhe são mais favoráveis, injectando alguma criatividade, é que o disco começa a despertar interesse. Mas mesmo aí surgem frequentemente pelo meio riffs ou passagens demasiado genéricas, e a bateria soa muitas vezes uma tanto ou quanto maquinal. Em suma, um disco que não deixa dúvidas quanto à experiência considerável da formação, mas que não exibe o engenho que se esperaria de uma banda com dezasseis anos de actividade.

in CLIP (Diário de Aveiro), 17 Julho 2008

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