sábado, 31 de janeiro de 2009

GUILLOTINE

«Blood Money»
(Pulverised Records, 2008) [6.5/10]

Pode parecer mais um novo colectivo contagiado pela recente onda revivalista de thrash metal, mas não é. Trata-se antes do regresso (mais um!) de um projecto criado por dois membros dos Nocturnal Rites que se deu a conhecer ao mundo em 1997 através de «Under the Guillotine», um álbum muito retro mesmo para a altura, que eles próprios dizem ter sido feito em homenagem às velhas glórias do género da década de 80. Onze anos depois o espírito old-school mantém-se intacto na sua essência (está de resto bem patente na vistosa capa do disco da autoria do lendário Ed Repka), embora a música tenha melhorado muito no que toca à composição e inclua desta vez algumas referências ao thrash/death mais contemporâneo. Ao todo são doze faixas sempre em ritmo corrido e com grandes malhas que evocam da melhor maneira o legado mais remoto deixado por celebridades como Slayer, Exodus e Kreator. Embora não seja fácil para uma banda como os Guillotine escapar à acusação recorrente de serem um rip-off dos grupos originais que tentam imitar, isso pouco importa para os eternos saudosistas dos tempos áureos do thrash metal. É para esses em particular que «Blood Money» se recomenda.

in CLIP (Diário de Aveiro), 29 Janeiro 2009

4 comentários:

Anónimo disse...

Não vou fazer um comentário sobre os Guillotine (que não conheço, mas tratarei de ir ver no youtube), mas sim manifestar a minha satisfação por encontrar um blog sobre este tipo de música e descobrir que há um programa na rádio em Aveiro que trata dela.
Tenho de ver se ouço uma emissão, para ter opinião.
Dantes via o Hypertensão, na SIC Radical, mas agora dedico-me mais ao youtube e aos CDs.
Gosto de música de todos os géneros (o meu blog pessoal é testemunha disso). Mas, ultimamente, tenho-me dedicado à descoberta do hard rock, heavy metal, thrash metal, black metal, gothic metal. Sei pouca coisa, mas acho que aprendo depressa. Já vai dando para conversar com amigos sobre o assunto.
Tudo começou por me terem falado dos Moonspell, na altura em que saiu o Memorial, eu ter comprado o CD e ter descoberto que podia fazer a ponte entre essa música e géneros literários que conheço bastante bem e que muito aprecio.
Esse interesse novo levou-me a recuperar interesses musicais antigos e a ir vasculhar na minha estante e na livraria de uma amiga.
Foi um amigo que me passou o url deste blog. O boca-a-boca funciona mesmo, como sistema de divulgação.
Vou tratar de ler os vários posts e estar mais atenta ao Clip.

CAIS DO PARAÍSO disse...

Olá Cristina,
Obrigado pelo comentário... e bem-vinda ao mundo da música de largo espectro - a música extrema...:-)
Ernesto Martins

CAIS DO PARAÍSO disse...

Olá Cristina,
Obrigado pelo comentário... e bem-vinda ao mundo da música de largo espectro - a música extrema...:-)
Ernesto Martins

Anónimo disse...

Olá!
Eu ainda conheço muito pouco, sobretudo nacionais.
Mas estou sempre pronta para aprender coisas novas.
Comecei com o gótico, de que continuo a ser grande fã, aí há 3 anos atrás, e tenho andado um pouco por todo o lado. Sempre pelos guitarristas (gosto muito de guitarra, embora nem saiba bem como elas são feitas).
Realmente, esta música tem essa vantagem: é um mundo que nunca mais acaba.
Abraço. :)