quinta-feira, 12 de março de 2009

AMON AMARTH

«Twilight of the Thunder God»
(Metal Blade, 2008) [7/10]

Este é um disco com potencial para gerar reacções muito diversas, talvez mesmo contraditórias. Por um lado os riffs atraentes, aparentemente inesgotáveis nesta formação sueca, as linhas melódicas magníficas e os temas líricos que projectam representações vívidas de vikings sanguinários e divindades vingativas do panteão nórdico - uma imagem de marca já celebre neste colectivo - fazem deste um trabalho não só irresistível para os incondicionais da banda, como algo de muito apelativo para os fãs de death metal melódico em geral. Contudo, apesar de perfeito em praticamente todos os aspectos e de incluir pela primeira vez em mais de uma década a participação de alguns músicos convidados, este é um álbum que não acrescenta nada ao que os Amon Amarth já fizeram. A sensação que fica é mesmo a de mais um conjunto de dez novos temas que bem podiam ser a continuação do disco anterior. Para os adeptos mais conservadores esta é, claro, uma qualidade desejada que descrevem como ‘consistência’. Para os outros poderá soar a repetição ou a estagnação. É provável que a banda esteja simplesmente a jogar pelo seguro. O apego a uma fórmula que originou resultados comerciais muito positivos (sucedeu com «With Oden on Our Side») num grupo que recentemente se profissionalizou, passando a constituir actividade exclusiva e por conseguinte única fonte de rendimentos dos seus membros, equaciona necessariamente a integridade artística do quinteto. Mas em lugar de tirar conclusões precipitadas o melhor mesmo é esperar pelo próximo trabalho.

in CLIP (Diário de Aveiro), 12 Março 2009

3 comentários:

Anónimo disse...

Estou a ver que não gostaste muito deste álbum.
Não tenho opinião, porque não o conheço. Aliás, só ouvi um CD desta banda, que acho curiosa pelo "ar viking"!!!
Chama-se "Once sent from the golden hall" e deve ser uam espécie de best of.
Gostei bastante.

CAIS DO PARAÍSO disse...

Olá Cristina,

Não é bem não gostar pois acho que até gosto. O problema é que é mais do mesmo..
O «Once Sent...» não é uma compilação, é o primeiro álbum da banda (de 1998), que agora foi re-editado.
Abraço,
EM

Anónimo disse...

Uia!
Já reprovei no exame de música extrema!!! :(
Posso vir fazer o recurso em Julho?
Pode ser que, entretanto, tenha aprendido alguma coisa.
Por exemplo, a consultar a discografia na wiki. :)