sexta-feira, 24 de abril de 2009

ABSU

«Absu»
(Candlelight, 2009) [9.5/10]

Após a perda de dois membros da formação original, incluindo o principal compositor, e de uma crise interna que se viria a saldar em oito anos de paragem sem concertos nem gravações, poucos esperariam que os Absu regressassem com a pujança criativa de antigamente, e muito menos com o melhor álbum de sempre. Partindo da fórmula incendiária de thrash técnico com contornos de black metal que caracterizou «Tara», o novo álbum vê a banda Texana evoluir no sentido de uma composição mais diversificada e dinâmica, com algumas subtilezas psicadélicas, padrões rítmicos invulgares e uma miríade de detalhes atractivos que fazem a diferença no meio da explosão de riffs debitados ferozmente a toda a velocidade. O trabalho percussivo de Proscriptor McGovern é ao mesmo tempo fenomenal e devastador enquanto a sua voz, pontuada em quase-sincronismo com a bateria e sempre perfeitamente engrenada nas estruturas da música, impregna os encantamentos e imprecações que expele em nome de deidades Sumérias, de uma malignidade mais virulenta do que nunca. Gravado com a participação de uma série de ilustres convidados entre os quais se contam Rune Eriksen dos Ava Inferi e Bruno Fernandes dos The Firstborn, e munido de uma fantástica capa uma vez mais da autoria de Kris Verwimp, «Absu» é, sobre todos os pontos de vista, a maior realização até hoje do colectivo norte-americano e um dos primeiros sérios candidatos a álbum do ano.

in CLIP (Diário de Aveiro), 23 Abril 2009

3 comentários:

csa disse...

Esqueci-me que o Clip sai à quinta e não à sexta!!!
E também já me tinha esquecido que o vocalista dos Absu é o baterista também.
É capaz de ser cómodo para não falhar as deixas para cantar... mas deve requerer um grande esforço de coordenação.
Aqui há tempos, explicaram-me o que implica tocar bateria e descobri o que já imaginava: que é mesmo bastante difícil.
Também gosto muito da capa do álbum, tanto que até a pus no meu blog, a ilustrar uma canção qeu saiu dele.

CAIS DO PARAÍSO disse...

Olá Cristina,
Segundo o próprio parece que tocar bateria e cantar é mesmo exigente. É por isso que, ao vivo, ele tem a ajuda de um outro elemento da banda a cantar.
EM

csa disse...

Hehe!
reparei nisso ontem, quando estive a ver uns vídeos deles no youtube.
E fiquei um bocado intrigada e a pensar que me tinha enganado.
Eu sei mais ou menos o que envolve tocar bateria, porque o meu sobrinho Paulo (filho do meu irmão) andava a aprender a tocar e mostrou-me como se fazia.
Eu estou sempre pronta para aprender coisas novas! :)