«Engineering the Rule»
(Season of Mist, 2009) [7/10]
Incluem três músicos dos lendários Atheist, entre os quais o genial Steve Flynn, e movem-se muito perto do estilo dessa mesma banda, mais até do que seria razoável esperar. Este álbum de estreia é assim uma proposta de death metal numa abordagem muito técnica e plena de mostras de virtuosismo, em que as semelhanças com Atheist se denunciam não só pela assinatura distinta e criativa da bateria de Flynn mas também por via dos apontamentos de guitarra e baixo, e do estilo característico de composição invulgarmente sofisticado. É provável que esta parecença, um tanto exagerada, se possa dever ao facto dos Gnostic terem sido formados no início de 2005, numa altura em que o reagrupamento dos Atheist não era ainda uma realidade. Mas há também alguns aspectos divergentes a salientar, como é o caso da sonoridade mais pujante e as descargas vocais furiosas de expressão hardcore. A composição é, em geral, menos estruturada e mais confusa a ponto de resultar em temas que deixam para trás pouco de memorável. Maioritariamente constituído por temas gravados em demo-tapes há três e quatro anos atrás, «Engineering the Rule» (título que sugere uma reformulação de regras musicais) é um disco abundante em detalhes instrumentais cuja descoberta exige uma audição atenta, algo que fará com certeza as delícias dos incondicionais do metal mais elaborado. Esperemos é que o álbum de regresso dos Atheist, previsto para o final do ano, não transforme rapidamente os Gnostic num projecto redundante.
in CLIP (Diário de Aveiro), 9 Julho 2009
(Season of Mist, 2009) [7/10]
Incluem três músicos dos lendários Atheist, entre os quais o genial Steve Flynn, e movem-se muito perto do estilo dessa mesma banda, mais até do que seria razoável esperar. Este álbum de estreia é assim uma proposta de death metal numa abordagem muito técnica e plena de mostras de virtuosismo, em que as semelhanças com Atheist se denunciam não só pela assinatura distinta e criativa da bateria de Flynn mas também por via dos apontamentos de guitarra e baixo, e do estilo característico de composição invulgarmente sofisticado. É provável que esta parecença, um tanto exagerada, se possa dever ao facto dos Gnostic terem sido formados no início de 2005, numa altura em que o reagrupamento dos Atheist não era ainda uma realidade. Mas há também alguns aspectos divergentes a salientar, como é o caso da sonoridade mais pujante e as descargas vocais furiosas de expressão hardcore. A composição é, em geral, menos estruturada e mais confusa a ponto de resultar em temas que deixam para trás pouco de memorável. Maioritariamente constituído por temas gravados em demo-tapes há três e quatro anos atrás, «Engineering the Rule» (título que sugere uma reformulação de regras musicais) é um disco abundante em detalhes instrumentais cuja descoberta exige uma audição atenta, algo que fará com certeza as delícias dos incondicionais do metal mais elaborado. Esperemos é que o álbum de regresso dos Atheist, previsto para o final do ano, não transforme rapidamente os Gnostic num projecto redundante.
in CLIP (Diário de Aveiro), 9 Julho 2009
3 comentários:
Estás muito pessimista! :(
Vamos mas é esperar que o tal álbum dos Atheist venha confirmar a qualidade anunciada pelos Gnostic... sem imitar o seu estilo.
Senti um pouco menos de entusiasmo nos teus comentários escritos que nos orais que foste fazendo para os amigos.
Mas chama a atenção para o CD!!! :)
Fiz asneira outra vez e ficou com o mail estapafúrdio! :(
Pois é, o fascínio do primeiro contacto nem sempre sobrevive após algumas audições... :-)
Estás a sugerir a possibilidade dos Atheist imitarem os Gnostic? Aí tinhamos o mundo ao contrário...:-)
EM
Enviar um comentário