«Ylem»
(Century Media, 2009) [8/10]
Ultimamente, na área específica do black metal, a produção alemã tem mostrado as suas garras através de um conjunto de lançamentos incontornáveis aos quais se junta agora este novo registo dos Dark Fortress. Se em 2008 o anterior «Eidolon» foi sentido como um dos trabalhos mais bombásticos da banda bem como uma evidente acomodação ao nicho mais ortodoxo do género, «Ylem» volta a aventurar-se para lá dos aspectos tradicionais e previsíveis do black metal, enveredando por territórios que, não constituindo novidade em si, permaneciam ainda intocados na discografia pretérita. Este sexto de originais do colectivo bávaro é assim um disco muito mais apostado na criação de atmosfera, com mais de metade dos temas a rolar entre o meio tempo e o lento, e até com Morean a mostrar em duas ocasiões (“Evenfall” e “Wraith”, este último especialmente evocativo da fase clássica dos Solitude Aeturnus) que sabe cantar como os vocalistas de heavy tradicional. A sonoridade mantém-se relativamente standard mas a composição é primorosa e das mais variadas de sempre, com riffs pontuadamente esmagadores, belíssimas linhas de guitarra de grande inspiração, um fundo subtil de teclados, alguns refrães contagiantes, e uma daquelas produções que até brilha de tão lustrosa. É inevitável não se detectar aqui uma influência mais visível de Celtic Frost o que até é compreensível, mostrando que a passagem de Vic Santura, principal compositor dos Dark Fortress, pela extinta formação liderada por Tom “Warrior”, deixou as suas marcas.
in CLIP (Diário de Aveiro), 18 Março 2010
(Century Media, 2009) [8/10]
Ultimamente, na área específica do black metal, a produção alemã tem mostrado as suas garras através de um conjunto de lançamentos incontornáveis aos quais se junta agora este novo registo dos Dark Fortress. Se em 2008 o anterior «Eidolon» foi sentido como um dos trabalhos mais bombásticos da banda bem como uma evidente acomodação ao nicho mais ortodoxo do género, «Ylem» volta a aventurar-se para lá dos aspectos tradicionais e previsíveis do black metal, enveredando por territórios que, não constituindo novidade em si, permaneciam ainda intocados na discografia pretérita. Este sexto de originais do colectivo bávaro é assim um disco muito mais apostado na criação de atmosfera, com mais de metade dos temas a rolar entre o meio tempo e o lento, e até com Morean a mostrar em duas ocasiões (“Evenfall” e “Wraith”, este último especialmente evocativo da fase clássica dos Solitude Aeturnus) que sabe cantar como os vocalistas de heavy tradicional. A sonoridade mantém-se relativamente standard mas a composição é primorosa e das mais variadas de sempre, com riffs pontuadamente esmagadores, belíssimas linhas de guitarra de grande inspiração, um fundo subtil de teclados, alguns refrães contagiantes, e uma daquelas produções que até brilha de tão lustrosa. É inevitável não se detectar aqui uma influência mais visível de Celtic Frost o que até é compreensível, mostrando que a passagem de Vic Santura, principal compositor dos Dark Fortress, pela extinta formação liderada por Tom “Warrior”, deixou as suas marcas.
in CLIP (Diário de Aveiro), 18 Março 2010
5 comentários:
Mais uma bela crónica! :)
E fico à espera da entrevista com Dark Fortress! :) :)
O álbum é 5 estrelas! :) :) :)
Ontem gostei muito de ouvir os Troll e de recordar os Saxon! :)
Não estava era a contar que aparecesse por lá o "Burning bridges", da velha formação dos Archenemy, um dos meus CDs favoritos. :)
O airplay dos Saxon foi sem dúvida um dos momentos mais pirosos de sempre na história do CdP!... :-) O metal nos 80s tinha destas coisas (e ainda tem!)...
EM
Hehe!
Estamos de acordo.
Nunca fui fã dos Saxon!
Mas são um nome a recordar, relativamente aos anos 80, qualquer que seja o nosso gosto (ou desgosto!) pela sua música.
Desta vez, só ouvi a segunda parte da emissão do CdP.
Gostei imenso de Trypticon e de todos os suecos que passaram. :)
Eu sou uma europeia do Sul com uma fixação pelo Norte! Hehe! :)
Enviar um comentário