«Revelations of the Black Flame»
(Candlelight, 2009) [7/10]
Se não soubesse, não diria que é o novo álbum dos 1349. É que, até ao disco anterior, lançado em 2004, a banda norueguesa era conhecida por produzir um black metal demolidor, dominado inteiramente por catadupas de blast-beats capazes de provocar a combustão espontânea de meia dúzia de igrejas, enveredando agora, inesperadamente, por uma mudança sonora tão radical que os deixa praticamente irreconhecíveis. Surpreendam-se pois porque este quarto álbum é feito sobretudo de elementos ambientais com alguns toques industriais, e onde o pouquíssimo black surge profundamente diluído numa atmosfera minimalista e sombria (com influências marcadas de Celtic Frost) que é mais característica do doom. Para ser mais preciso, apenas dois dos nove temas tem algo que ver com o passado da banda. Por acaso estes até figuram provavelmente entre as melhores músicas compostas pelo grupo, o problema é que as passagens ambientais, para além de numerosas e longas, resultam ou inconsequentes, ou mesmo maçadoras numa boa parte dos casos. A surpreendente interpretação do original dos Pink Floyd “Set the controls for the heart of the sun”, acredite-se ou não, assenta como uma luva no espírito do álbum. Embora não se equipare aos trabalhos de black metal moderno lançados recentemente, «Revelations...» marca uma viragem experimental bem-vinda nos 1349, que não só os afasta de um estilo, convenhamos, desgastado, como poderá ser o ponto de partida para voos criativos bem mais interessantes.
in CLIP (Diário de Aveiro), 23 Julho 2009
(Candlelight, 2009) [7/10]
Se não soubesse, não diria que é o novo álbum dos 1349. É que, até ao disco anterior, lançado em 2004, a banda norueguesa era conhecida por produzir um black metal demolidor, dominado inteiramente por catadupas de blast-beats capazes de provocar a combustão espontânea de meia dúzia de igrejas, enveredando agora, inesperadamente, por uma mudança sonora tão radical que os deixa praticamente irreconhecíveis. Surpreendam-se pois porque este quarto álbum é feito sobretudo de elementos ambientais com alguns toques industriais, e onde o pouquíssimo black surge profundamente diluído numa atmosfera minimalista e sombria (com influências marcadas de Celtic Frost) que é mais característica do doom. Para ser mais preciso, apenas dois dos nove temas tem algo que ver com o passado da banda. Por acaso estes até figuram provavelmente entre as melhores músicas compostas pelo grupo, o problema é que as passagens ambientais, para além de numerosas e longas, resultam ou inconsequentes, ou mesmo maçadoras numa boa parte dos casos. A surpreendente interpretação do original dos Pink Floyd “Set the controls for the heart of the sun”, acredite-se ou não, assenta como uma luva no espírito do álbum. Embora não se equipare aos trabalhos de black metal moderno lançados recentemente, «Revelations...» marca uma viragem experimental bem-vinda nos 1349, que não só os afasta de um estilo, convenhamos, desgastado, como poderá ser o ponto de partida para voos criativos bem mais interessantes.
in CLIP (Diário de Aveiro), 23 Julho 2009
3 comentários:
Como eu concordo contigo!
Ouvi o CD todo... e não gostei nada!
Tenho de ouvir um dos antigos, para apreciar esse estilo. Eu não conheço a versão passada deles.
Sobretudo, achei o novo estilo muito desigual!
Vamos ver o que vem de novo.
É linda a capa do CD do mês, muito bonita mesmo.
Já fui ouvir a música ao myspace deles... e adorei. É óptimoooooooooooooooooooooooo!!!
:) :) :)
Tens de me passar o CD, please.
Abraço.
No segundo comentário, estou a referir-me ao Privilegium dos Secrets of the Moon!
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