«Slaves of the World»
(Century Media, 2009) [9/10]
A postura recatada e pouco extravagante encobre um pequeno génio na fina arte de criar black metal, e o novo álbum dos Old Man’s Child, para todos os efeitos práticos o seu projecto a solo, é mais um testemunho dessa mestria. Falamos, é claro, de Galder e deste novo disco, um trabalho pautado por uma composição de grande nível, recheado de bons riffs, e genericamente mais acelerado e eficaz do que o anterior «Vermin». Mantendo a tradição de contratar apenas entre a nata dos bateristas de metal para as sessões de gravação, o músico norueguês, que executa aqui todos os restantes instrumentos, colocou desta vez atrás do kit Peter Wildoer, homem dos Darkane e Pestilence, que brilha em cada mudança repentina de andamento e nas varias texturas rítmicas com que enriquece o disco. Com Galder envolvido nos Dimmu Borgir há quase dez anos era inevitável que, mais tarde ou mais cedo, algumas influências transbordassem para os OMC, sendo isso exactamente o que acontece, pela primeira vez de maneira mais evidente, neste sétimo de originais. No entanto também não é nada para alarmar pois o álbum mantém, em todos os aspectos, a marca distinta da banda incluindo a voz venenosa do seu mentor. Com um som ao mesmo tempo possante e polido, trabalhado uma vez mais nos lendários estúdios Fredman por Fredrik Nordström, «Slaves of the World» é talvez um dos registos mais conseguidos da banda de Galder, que assim reafirma o seu estatuto como um nome de referência no panorama black metal de cariz mais melódico.
in CLIP (Diário de Aveiro), 10 Setembro 2009
(Century Media, 2009) [9/10]
A postura recatada e pouco extravagante encobre um pequeno génio na fina arte de criar black metal, e o novo álbum dos Old Man’s Child, para todos os efeitos práticos o seu projecto a solo, é mais um testemunho dessa mestria. Falamos, é claro, de Galder e deste novo disco, um trabalho pautado por uma composição de grande nível, recheado de bons riffs, e genericamente mais acelerado e eficaz do que o anterior «Vermin». Mantendo a tradição de contratar apenas entre a nata dos bateristas de metal para as sessões de gravação, o músico norueguês, que executa aqui todos os restantes instrumentos, colocou desta vez atrás do kit Peter Wildoer, homem dos Darkane e Pestilence, que brilha em cada mudança repentina de andamento e nas varias texturas rítmicas com que enriquece o disco. Com Galder envolvido nos Dimmu Borgir há quase dez anos era inevitável que, mais tarde ou mais cedo, algumas influências transbordassem para os OMC, sendo isso exactamente o que acontece, pela primeira vez de maneira mais evidente, neste sétimo de originais. No entanto também não é nada para alarmar pois o álbum mantém, em todos os aspectos, a marca distinta da banda incluindo a voz venenosa do seu mentor. Com um som ao mesmo tempo possante e polido, trabalhado uma vez mais nos lendários estúdios Fredman por Fredrik Nordström, «Slaves of the World» é talvez um dos registos mais conseguidos da banda de Galder, que assim reafirma o seu estatuto como um nome de referência no panorama black metal de cariz mais melódico.
in CLIP (Diário de Aveiro), 10 Setembro 2009
1 comentário:
Está bom este também.
Vou ter de ouvir novamente o CD, para reparar no que tu dizes.
Mas vê-se que tu apreciaste muito o dos Ahab, que, de facto, é formidável. Ainda por cima, eles têm o entusiasmo de quem começou agora.
Numa entrevista deles, diziam, a propósito do "funeral doom": "We are the only fucking band in the entire Germany that makes this kind of metal!!!"
É mesmo à puto! Hehe! :)
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